
Ensaio de um conto erótico!
ela nunca dormia nua, a não ser depois do amor. quando criança tinha medo de um incêndio bem no meio da noite e do constrangimento de ter que sair às pressas pra rua como deus a colocou no mundo. quando adolescente tinha medo de entrar ladrão e surpreedê-la nua com a bunda pra cima, que era como dormia. seria um convite ao estupro. ela sabia do ridículo desses medos, mas esses medos eram tão insignificantes diante de outros que preferia deixá-los pra lá, tinha medos mais importantes pra tentar se livrar. então, mesmo depois que casou ainda colocava roupa pra dormir, pelo menos a calcinha. ...mas, naquela noite, solteira, sem saber ainda porque, deitou nua na cama, apesar do frio. talvez quisesse convidar um sonho erótico. ela estava no cio. um cio feito de hormônios e recordações. ...e sentiu-se muito bem, uma sensação de liberdade deliciosa. uma excitação meia que velada, dessas que não queria assumir pra não ter que dar jeito assim "by yourself". a excitação ia crescendo a cada movimento que fazia em baixo dos lençóis. o toque dos lençóis funcionava como uma carícia na sua pele bronzeada e amaciada pelo óleo de amêndoas depois do banho. quando uma dobra mais firme do lençol tocava algum ponto erógeno, se arrepiava toda. mas apesar do desejo crescente não queria se tocar. queria só sentir, por enquanto. nem queria usar a imaginação pra apressar as coisas. queria prolongar aquele desejo o quanto pudesse. ...enganando-se de sonolenta, com os olhos fechados num quarto com uma fraca luz azul vinda do abajur, fingia que a intenção era dormir. fingia. mas, de vez em quando provocava novas sensações no seu corpo quente. com um movimento mais brusco pra mudar de lado, fazia com que sua pélvis encostasse firmemente no colchão criando uma fricção momentânea que a excitava ainda mais. mas, ela disfarçava. o desejo não a deixava dormir, mas não queria se tocar. não! mas queria continuar sentindo. quem sabe se dormisse com aquele desejo pudesse encontar a satisfação nos seus sonhos? quem sabe aquela história de viagem astral podia funcionar com ela e ela ter um encontro no astral com quem era dono do seu desejo? ela acreditava em viagem astral....abraçada ao travesseiro deitou de barriga pra cima e afastou ligeiramente as pernas. aquilo lhe deu uma sensação deliciosa. uma vontade incontida de ter alguma coisa pra preencher aquele espaço vulcânico. naquele momento entendeu o que era a memória do corpo, que tanto já tinha ouvido falar. o corpo na posição de receber ansiava por receber. ardia por receber. foi por um triz que não se tocou. não queria mesmo se tocar. não! ...numa dessas viradas na cama, o travesseiro foi parar no meio de suas pernas. o que era normal quando tentava achar uma posição mais confortável. mas, nessa noite não foi. foi mais. mais que confortável, o contato do travesseiro no seu sexo a deixou naquele estado de excitação que não tem como parar. mesmo quando se está no elevador, ou na escadaria do prédio, ou na garagem do shopping. ... com movimentos fortes, com ela em cima, no comando, foi cavalgando o seu prazer até o orgasmo. um orgasmo arrebatador, desses que dura a eternidade dos segundos. bem lá no finzinho, nos últimos espasmos seus lábios pronunciaram um nome. ... aí, ela teve certeza que não tinha transado com o travesseiro...
ela nunca dormia nua, a não ser depois do amor. quando criança tinha medo de um incêndio bem no meio da noite e do constrangimento de ter que sair às pressas pra rua como deus a colocou no mundo. quando adolescente tinha medo de entrar ladrão e surpreedê-la nua com a bunda pra cima, que era como dormia. seria um convite ao estupro. ela sabia do ridículo desses medos, mas esses medos eram tão insignificantes diante de outros que preferia deixá-los pra lá, tinha medos mais importantes pra tentar se livrar. então, mesmo depois que casou ainda colocava roupa pra dormir, pelo menos a calcinha. ...mas, naquela noite, solteira, sem saber ainda porque, deitou nua na cama, apesar do frio. talvez quisesse convidar um sonho erótico. ela estava no cio. um cio feito de hormônios e recordações. ...e sentiu-se muito bem, uma sensação de liberdade deliciosa. uma excitação meia que velada, dessas que não queria assumir pra não ter que dar jeito assim "by yourself". a excitação ia crescendo a cada movimento que fazia em baixo dos lençóis. o toque dos lençóis funcionava como uma carícia na sua pele bronzeada e amaciada pelo óleo de amêndoas depois do banho. quando uma dobra mais firme do lençol tocava algum ponto erógeno, se arrepiava toda. mas apesar do desejo crescente não queria se tocar. queria só sentir, por enquanto. nem queria usar a imaginação pra apressar as coisas. queria prolongar aquele desejo o quanto pudesse. ...enganando-se de sonolenta, com os olhos fechados num quarto com uma fraca luz azul vinda do abajur, fingia que a intenção era dormir. fingia. mas, de vez em quando provocava novas sensações no seu corpo quente. com um movimento mais brusco pra mudar de lado, fazia com que sua pélvis encostasse firmemente no colchão criando uma fricção momentânea que a excitava ainda mais. mas, ela disfarçava. o desejo não a deixava dormir, mas não queria se tocar. não! mas queria continuar sentindo. quem sabe se dormisse com aquele desejo pudesse encontar a satisfação nos seus sonhos? quem sabe aquela história de viagem astral podia funcionar com ela e ela ter um encontro no astral com quem era dono do seu desejo? ela acreditava em viagem astral....abraçada ao travesseiro deitou de barriga pra cima e afastou ligeiramente as pernas. aquilo lhe deu uma sensação deliciosa. uma vontade incontida de ter alguma coisa pra preencher aquele espaço vulcânico. naquele momento entendeu o que era a memória do corpo, que tanto já tinha ouvido falar. o corpo na posição de receber ansiava por receber. ardia por receber. foi por um triz que não se tocou. não queria mesmo se tocar. não! ...numa dessas viradas na cama, o travesseiro foi parar no meio de suas pernas. o que era normal quando tentava achar uma posição mais confortável. mas, nessa noite não foi. foi mais. mais que confortável, o contato do travesseiro no seu sexo a deixou naquele estado de excitação que não tem como parar. mesmo quando se está no elevador, ou na escadaria do prédio, ou na garagem do shopping. ... com movimentos fortes, com ela em cima, no comando, foi cavalgando o seu prazer até o orgasmo. um orgasmo arrebatador, desses que dura a eternidade dos segundos. bem lá no finzinho, nos últimos espasmos seus lábios pronunciaram um nome. ... aí, ela teve certeza que não tinha transado com o travesseiro...
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